!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd"> Calma Penada: O Grande Ditador

Calma Penada


«O optimismo é uma preguiça do espírito». E. Herriot. + «Uma assombração que se preza não pode ser preguiçosa. Buuuh!». O Fantasma do Misantropo.


quinta-feira, abril 20, 2006

O Grande Ditador

É mais do que expectável que alguém que publica seja comentado. É mais do que certo que nem todos os comentadores valem o mesmo, porque não há duas pessoas que, em qualquer situação da vida, tenham idêntico valor. Penso que os intervenientes num debate têm inteira liberdade de revelar ou não os seus nomes civis, mas até aceito que haja quem ache o contrário. Já defendo, porém, que deveria haver pudor em atacar os comentadores habituais da blogosfera, quando não se tem caixas de comentários abertas. Não se trata de Democracia, que é sistema que rejeito, nos moldes da que, hoje, como tal se intitula. Trata-se, sim, de garantir o contraditório, quando se faz acusações; e de desportivismo, dois conceitos que estimo.
Censurar as empatias que se geram entre identidades blogosféricas é sempre susceptível de ser encarado como despeito de quem não tem a liberdade de gozar as que provocasse, em virtude de a sua reputação, fora do meio, inculcar sempre a suspeita de serem interesseiros os elogios e motivados por odios à actividade pública as críticas.
Dizer que o hábito de comentar é compulsivo vira-se contra o próprio que a formula. Quem fala não singrou na Vida pública pelo talento de historiador que porventura tenha, mas pela notoriedade no comentário público que o catapultou. Os remoques que debita contra o comentarismo circundante, fazendo tanto sentido como os que lhe fossem dirigidos por ser pago por redigir os seus, ou por ancorar um esboço de carreira partidária neles, acabam, portanto, reduzidos a caneladas entre colegas, pouco importando o grau de reconhecimento de um ou de outros.
Só para exemplificar as várias artimanhas de que uma intervenção deste género vive, devo salientar a junção do que interessava a uma realidade que com ela não tinha conexão e a outra que é inverificável. Falo do cometimento de um crime por um blogger, no primeiro caso, bem como da qualificação de acidez, infelicidade e ressentimento à generalidade dos comentadores, aos anónimos, pelo menos, no outro.
O principal defeito está, como é óbvio, na generalização e na falta de fundamentação. É sempre fácil falar em integrantes de grupo, em abstracto, sobretudo para um homem de formação marxista. O que evita ter de adoptar um certo cuidado nas atribuições e reprovações que se instila, por não se ter de ser rigoroso na descrição dos traços que subsumam um indivíduo a um modelo.
Mas quando, num único caso, se atira meia-dúzia de nomes para a fogueira, sem detença na razão por que refere cada um deles, apenas para condimentar o caldo, além da insinuação ardilosa, escarrapacha a asneira desqualificadora: refiro-me ao momento em que o nickname da Autora do que, para mim, é o melhor blogue português é amalgamado a outros a quem são assacadas as piores tendências. Sempre sem desenvbolvimento no caso concreto.
Num passado recente, tive ocasião de defender este comentador dos comentadores de um juízo pouco abonatório deixado numa caixa de comentários. Mais, disse que sigo com interesse as suas intervenções e que lhe credito a melhoria de nível de debate das questões públicas. Sinto-me pois com inteira liberdade para lhe dar um conselho: deixe-se de tentar impor aos intervenientes na net regras diversas das de ética universal. E de tentar orientar o público para lhes colar motivações psicológicas medíocres. É que o feitiço pode virar-se contra o feiticeiro...

sustos17 Sustos:

5 Hai Kai about José

A ‘fauna’ de ‘cyberstalkers´
O ‘upgrade’ ‘tecnológico’ do ‘crime’
O ‘chat’ o chat

O ‘proletariado’ da web
Os ‘blogues completamente desconhecidos’
A ‘plataforma’ a plataforma

Os ‘Trolls’ ‘perturbantes’
A ‘visão mesquinha do poder’
‘Afasta’ afasta

Os ‘15 minutos de fama’
A ‘pulsão’ para a mediatização’
O símbolo o símbolo

‘As nossas sociedades desiguais’
‘Os génios incompreendidos’
O povo o povo

PS ao seu post: Perfeito & Sábio
bom texto, Paulo.

este blogue está mesmo lindo!
Olhe cá, ó lampião duma figa, vosselência desarrincou um dos melhores nomes de blogue que eu já vi.
Ainda bem que não desertou.
Carago, invejo-lhe o raio do nome!...
Mesmo sabendo que sou incapaz de cultivar qualquer tipo de calma, nem penada nem doutra estirpe qualquer. Contende-me com os fígados.
MJ:
Notável composição sobre um mote menos feliz. Muito obrigado pelo apreço relativo ao texto, há momentos em que creio não ser possível passar em claro leviandades argumentativas.

Querida Zazie:
Quando me convenceram a continuar com «o misantropo...» fiquei cheio de pena de desperdiçar este nome... e este "template", que foge um bocadinho à norma dos disponibilizados automaticamente pela Blogspot. De modo que, com mais um esforçozito, cá tentarei mantê-lo... vivo (ai acontradição com as remissões do nome!).
Insurgi-me um bocadinho contra uma injustiça genérica. Mas a gota de água foi ter-se metido Contigo. Quem prevarique já sabe que tem de enfrentar este cão de guarda...
Obrigadíssimo pela aprovação.

Caríssimo Dragão:
Isto é que é Honra, para um pobre espírito arrastando correntes, receber Tão Flamejante Visita em casa assaz nova e já assombrada. Claro que, para além disso, tive em conta a tranquilidade da solução encontrada, saída dos tormentos da dúvida acerca da manutenção do blogue velho ou transferência para este. E quem quereria que o Ilustre Dragão se acalmasse? Não os Seus muitos admiradores, entre os quais me honro de contar como cabecilha.
Beijinhos e Abraços, com correcta distribuição pelos Três.
Cheguei aqui guiada pela GLQL.
O comentador-mor "pescou-me" no Espectro, porque sou uma estreante. Deu-me a honra de me citar duas vezes. Faltou-lhe perspicácia para detectar, que durante várias semanas usei nome e apelido do BI. Só os deixei cair, porque tenho a firme intenção de entrar no mundo da alta criminalidade cibernética. A polícia nunca desconfiará de uma dona de casa do Porto, cinquentona e ociosa. Cometerei o crime perfeito.

Maloud ou Dasantas {deixo ao seu critério}
Já fiz tantos comentários sobre esta salganhada infame, Que já lhes perdi a conta, e, mesmo se já usei abusei de muitos copiar/colar, cheguei a um estado de tal exaustão que só me resta convidar-vos a vir fazer-me uma visitinha no e-konoklasta, ou, no IMAGO, as ligações estão lá todas. Afinal se faço estes blogues, não é só para mim...e já tenho 3 a meu cargo, memo se sou de uma grande dextreza em calmapenada. Mas não me pisem os calos, merci.
estava tão envergonhada com o elogio que nem consegui mandar-te um beijinho e agradecer.

Tu é que és o Príncipe da blogosfera. Há muito que andava com vontade de o dizer.

E esta calma penada é linda.

beijinhos
Chère Maloud:
Até acredito que não tenha havido acinte na escolha dos "nicks" vilipendiados. Mas houve, certamente, tentativa de gerar cumplicidades, através da maneira mais fácil: pela estigmatização de terceiros, que elege como inimigos comuns dele e do Leitor.
Tomo a liberdade de Lhe enviar, antecipadas, as boas vindas a este mundo de criminalidade que é a bloguística, felicitando-A pelo excelente "álibi".
Beijinhos.

A E-Konoklasta:
Já lá fui e exultei. Com a imagem, ainda acima do resto.
Parabéns.

Querida Zazie:
recebi o Teu beijinho, no Cocanha, o que me deu a maior das satisfações, a de confirmar que intervim no sentido certo. Elogio nenhum. Digo-o a toda a gente.
E fico absolutamente babado com o título que me outorgaste. Só não digo que é injusto porque o meu nome completo é Paulo Príncipe da Cunha Porto. Outro fora e estaria agora um verdadeiro pimentão.
E obrigado por não fugires de fantasmas.
Beijinho muito amigo do primeiro em entusiasmo dos Teus imensos admiradores.
Caro Paulo,
este seu post é interessante, é até solidarista, mas a questão vai mais além. O nucleo do problema gerado pelo nosso petit amie Pacheco é outro, bem outro. E sei que vcê será capaz de o compreender na sua maior extensão.
Abraço e bons posts
Já agora Parabéns por este espaço, amplo, arejado, respira-se lindamente.
Abraço
RPM
Meu Caro Rui Paula de Matos:
embora tenha sido, para mim, incontornável a injustiça do "post", como a ilegitimidade de críticas de comportamentos com ligeireza e generalização nas acusações, não tenho dúvida de que esta atitude faz parte do truque mais velho do Mundo para cativar fidelidades: inventar, a partir de uma posição de evidência, um "inimigo" contra o qual muitos Leitores se possam identificar.
Abraço.
Caro Paulo,
vejo agora o seu post e pergunto-lhe se pode clarificar a letra e o espírito do seu texto, ok.

Um abraço
RPM
Meu Caro Rui:
Não tenho grande dúvida de que o bloguista que deu origem a esta crítica pesou duas coisas e decidiu, mesmo assim avançar:
a saturação que detectou em certos meios da blogosfera, tal como a sobranceria de "opinion makers" com acesso a outros suportes, face à realidade das caixas de comentários; e a quantidade de aderentes pouco pensados que suscitaria a sua (dele) tese, pelo simples lastro de admiradores que lhe dá peso.
Espero ter feito alguma luz sobre esta escrita horrivelmente hermética de que me não consigo livrar.
Abraço
Bom dia Paulo,
bem haja pela sua clarificação. Estou mais tranquilo dado que percebi, creio, que vcê acha que o autor do artigo da Fauna... recorreu "ao truque + velho do mundo", qual Lenine reformado ou reciclado e adaptado ao III milénio, para fixar um target, um opositor (não gosto da palavra "inimigo" mmo c/ aspas pq é mais própria de sistemas totalitários ou não democráticos, e aqui ninguém quer "matar" o senhor).

Ainda assim, e não me leve a mal esta ligeira crítica - que até é mais um desafio - pergunto-me por que razão não fez uma reflexão diferente, mais sustentada e articulada ao fim em vista.. Até porque julgo que ela está ao seu alcance.Perfeitamente.

Como sabe, detesto vedetismo e futilidades (tenho até a caixa coment. fechada no Macroscopio, e só ontem por brindcadeira e simbolismo abri um novo blog o - Fronteline Forte (pois desconhecia que aquilo era matar pulgas a c~es e gatos, achei muita piada...). Tudo derivou derivou duma chalaça.

Mas as efemérides tb podem servir para algo: sem vedetismos, que estraga o espírito reflexivo e a análise mais séria e menos fulanizada e ofensiva.

Mas o sr. PP diz lá muitas verdades, lá isso diz!!! Não podemos ser hipócritas, aliásm na carta aberta reconheço-o, mas também há o outro lado...que procurei sistematizar no Cinismo e paixão...lá na minha "tasca"

Deveria, certamente, ter diferenciado situações, discriminado e não ter utilizado aquela linguagem ofensiva que apenas só revela uma coisa: corporiza aquilo que critica nos outros..

Só faltou chamar-nos filhos das mães de braganza.. Para quê tanto azedume(???), afinal. Foi isso q procurei desmontar, peça a peça e que ainda não vi o Paulo comentar. Não para me comentar a mim - rui matos - mas para se decidir e fazer uma reflexão. O que eu disse está dito, ponto.

Pois aquele artigo que fez sobre o Grande ditador está, salvo melhor, opinião concebido para outro tipo de questão. E a meu ver um pouco difuso e não n vai ao cerne da questão, como lhe referi.

Vá Paulo, faça uma daquelas reflexões que vcê sabe fazer. Com rigor, com ética, com articulação e com incidência sobre o objecto em apreço.Como é, aliás, seu timbre. E tb muita ironia que é o "sorriso da razão" como diria o elitista do Eça...que nunca meteu o povo nos seus romances e no fim da vida veio a dar em santólogo, beato... Para expiar os seus pecados, falhas e injustiças, certamente!!!

Fazê-lo é um serviço à cultura, creio, e esta tb é um traço de união entre os homens de bem, os homens bons.

Pois como tentei dizer, não nos basta sermos razoáveis ou até bons, ou mesmo talentosos como eu vejo muita gente na Net (são mesmo talentosos!); temos é de Ser tudo isso e, ao mesmo tempo, sermos BONDOSOS, Justos (e não justiceiros) como diz o outro paspalhão de barba aparada.

Caro Paulo - fica o modesto desafio: é genuino e sincero. E não veja nestas palavras nada mais do que isso. Nada mais.

Mais uma vez lhe deixo um abraço com uma questão: então e agora o que vai suceder ao Misantropo Enjaulado??? E este template onde é que o arranjou...

A cor sugere esperança, ainda que vivamos todos neste carvão que se chama Portugal.

Também aqui temos de contribuir para o mudar com algumas Ideias: eis o meu único desígnio - que sei partilhar consigo e com muita outra gente boa que por aqui anda, de peito aberto e coração ao léu, como diria a minha Avózinha Raquel.

Um abração e bem haja e um excelente dia
rpm
Meu Caro Rui Paula de Matos:
Muito obrigado por me achar capaz de mais e melhor. Mas, para mim, o cerne da questão estava na injustiça do "post" do «Abrupto» e nos telhados de vidro do Autor, como na responsabilidade social dele e na análise do mecanismo psicológico que creio ter presidido à sua publicação.
Nada me movendo, fora desse âmbito, contra Pacheco Pereira, não tenciono voltar a ele, salvo se se vierem a registar desenvolvimentos que o justifiquem, da respectiva parte.
O misantropo continua, a par do seu fantasma. O "template", apanhei-o num blogue americano especializado.
Abraço.
Caro paulo,
Percebo a sua resposta contida ou se quiser hiper-circunscrita. Respeito-a. Mas não explica as motivações do homem ao fazer aquela reflexão q, em meu entender, merecia reflexão mais aturada. Nem sequer enquadra sociologicamente a questão. A minha concepção da blogosfera é muito diversa da de muitas outras pessoas: que julgam que postar simples e curto não pode ser complementado com uma deriva mais ensaística. Achei que vcê o poderia fazr. Não por mim, mas por si. POis como sabe eu já publico há muito aqui e fora daqui.Mas não distingo muito as coisas.

Como sabe - isso não dá votos, nem links, dá é trabalho, muito trabalho. A reflexão e a nálise dão trabalho. O mero opinanço faz-se em 4 minutos.

Eu fi-lo. Ou melhor, consegui fazê-lo (bem ou mal), não foi fácil.

Sem qqr pretensão nem fulanização do assunto a que muitos croquetes e alguns saltimbancos promovem nuns blogues, noutros e depois noutros..

Enfim, o velho maoista, como diz, tem telhados de vidro,aliás, todos temos, mas ele tb lá diz muitas verdades. E foi esse cômputo do deve e haver, do passivo e activo - que eu fiz - mas que quase ninguém avaliou na sua extensão.E é isso que foi incompreensível. Lá está, reflectir seriamente não se faz nos tais 4 minutos.Muito menos para criticar estruturadamente um homem denso como PP

Portanto caro Paulo, se lhe lancei esse pequeno repto - não foi certamente por mim, foi por si. Eu fiz o que fiz, e isso (bem ou mal) pode-se ver, está tão à vista.Sou-lhe sincero: depois de ler o Grande ditador, perguntei-me, afinal porque razão o Paulo não faz "mais" e "melhor". Agora percebo que tenho de meter a viola no saco e...
Abraço
Gostei da serenidade do seu texto a que cheguei através da GLQL, aliás de acordo com o nome do blog que é muito bem apanhado.
Continue a escrever que eu continuo a visitá-lo.
Meu Caro Rui:
como disse, não creio que o tema valha mais.

Meu Caro XorZ:
Muito obrigado pelas Suas palavras. Espero ser digno da Sua atenção.

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