A intervenção das forças de segurança palestinianas na faixa de gaza, visando desactivar o serviço de manutenção da ordem forjado pelo Ministro do Interior do Hamas invocou o mesmo pretexto que tinha sido dado pelos criadores deste para instituí-lo: combater o caos. As causas dele é que são diversas. Segundo o Chefe da Autoridade Palestiniana a acção dos seus adversários. Para o governo, a inacção sabotadora das forças sob controlo presidencial, que visaria inculcar uma inexistência de capacidade governativa do movimento radical. Até é possível que ambos tenham razão, mas o problema está na confusão entre organismos de estado e milícias privadas. Na contemporaníssima França também parece que um certo Ministro dos Negócios Estrangeiros de então terá dado instruções a um alto funcionário do Ministério da Defesa para procurar dados comprometedores sobre o que é hoje Ministro do Interior. Ilegitimidade material, como formal. Mas ao menos os serviços dizem-se da Nação, não de parte dela...