Quem, anos a fio, viveu o combate isolado de S.A.R. o Senhor D. Duarte de Bragança e do Prof. Adriano Moreira em prol do termo da ocupação e ulterior tentativa de anexação de Timor Leste vê, necessariamente, com melancolia a debandada populacional para a montanha. As relações do Homem com os montes sempre foram eivadas de um misticismo natural, considerando a majestade de um relevo que permitia maior proximidade do Céu. Mas é curioso que durante o interlúdio de domínio da ex-colónia holandesa, com difusão de língua e religião diferentes que transformaram as locais em factores identitários, quem procurava refúgio nos cimos altaneiros era a pequena parcela disposta a resistir activamente, não massas significativas em êxodos motivados pelo pânico.
O que faz concluir que as dissensões internas podem ser mais de temer do que a conformação a um invasor. É que a dureza não mata tanto como a desordem. E faz da opressão coisa risível, quando comparada com a incerteza.