!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd"> Calma Penada: O Rato

Calma Penada


«O optimismo é uma preguiça do espírito». E. Herriot. + «Uma assombração que se preza não pode ser preguiçosa. Buuuh!». O Fantasma do Misantropo.


segunda-feira, maio 22, 2006

O Rato

Não estou a chamar nomes, mas a dizer o que resultou da montanha que pretendia ser o grande debate sobre o livro do Prof. Carrilho. O homem queixou-se de lhe atacarem «o carácter por não serem capazes de lhe atacar as ideias». Nem vou entrar pela qualidade destas, aceitando, por hipótese académica que não sejam ficção. Mas as pessoas votam em homens, não em ideias. E ainda há quem ache que os homens são feitos pelos respectivos caracteres. Admitiu hoje que, se avisado da filmagem, teria apertado a mão que tanto lhe repugnava. Estamos esclarecidos quanto ao carácter e sua constância. Não se pode atacar o que inexiste.
O homem insiste em que foram usadas imagens privadas, apesar de tiradas em local público, porque «teriam sido captadas pelas costas». Para mim, anda a ver demasiados filmes do Far West. Uma Câmara é uma arma, mas não é um revolver; e não há qualquer prevenção contra apontá-la a uns costados. O problema é pois de conviver mal com a respectiva traseira, em suma, de não querer ser apanhado, senão em pose.
O resto da tese parece assentar precisamente no que censura ao Eng. Carmona. Queixa-se de acusações não-provadas que diz falsas e entreteve-se a formular uma de que o acusado garantiu a falsidade. Falo do triste momento do tal telefonema do Dr. Mendes, que o interlocutor deu com imaginário.
Sobre o livro não falo, que não li. Mas parece estranho que o que principiou por ser «conspiração», a causa da derrota, tenha acabado numa «multiplicidade enorme»... de factores, imagina-se. Todos eles externos à qualidade do ex-candidato, ou falta dela.
Tudo somado, parece indicar que a única função da escrita do volume é a da máquina que mantém artificialmente vivo o que em tempos foi tomado por um político.

sustos2 Sustos:

Grande texto Paulo.
"Une petite" apoteose o debate! Uma oportunidade para tentar "vender um peixe" que anda a afogar-se há algum tempo. Não tinha grandes esperanças de ver o Prof. Carrilho tratar o assunto de forma distinta. É certo que - com coragem - disse algumas verdades. Estranhei sim, o Pacheco Pereira tão apagado...
bjs,
M.Ilharco
Querida Margarida:
Olá, então também frequentas este estabelecimento?
Muito obrigado. Penso que o JPP estava condicionado por querer debater as agruras do mundo político/comunicação social genericamente, quando o programa estava feito para o sangue à volta do aperto de mão. Por isso Ricardo Costa foi quem mais sobressaiu, por falta de comparência alheia.
Beijinhos muito amigos.

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