Sempre execrei os boicotes desportivos por razões políticas que não estivessem ligadas a essa específica zona da aplicação humana, fossem contra a África do Sul do Apartheid ou Contra a União Soviética de Brejnev, pelo que não poderia concordar que vozes prestimosas da França, da Alemanha e do inefável Centro Simon Wiesenthal, tendo levantado o bedelho, conseguissem fazer triunfar o seu intento de verem proibida a presença do Presidente do Irão no Campeonato do Mundo de Futebol da Alemanha. Por muito que deteste - e detesto - o personagem.
Mas há uma razão que se prende com o Desporto e que creio idóneapara essa proscrição: estarem proibidas sequer de entrar nos estádios iranianos as Mulheres do seu País. Quem veda o acesso ao Sport deve sofrer pela mesma bitola.
Por muito que a propaganda o dê como um amante do futebol, não é o desportivismo nem sequer a competição lúdica de fruição universal que ele preza, é quando muito a habilidade que a poucos cabe. Sinto-me aliviado que ele não vá, por sua iniciativa.