Que o Ayatollah Ali Khamenei invertesse o rumo da verbosidade das autoridades do seu País, ligando ao problema nuclear iraniano a utilização, como arma, da interrupção dos fornecimentos de petróleo, era coisa esperada por muito boa gente, apesar de, no meu caso, ter duvidado de que fosse empregue tão cedo. Já a certeza da Menina Rice em que as palavras se não traduzirão em actos, por os restos persas estarem dependentes das receitas da venda do ouro negro, parece-me necessitar de uma boa lavagem, porque pouco oleada. Penso que o extremismo islâmico de Teerão está seguro de conseguir insuflar no Povo o espírito de sacrifício bastante para suportar privações emergentes do decréscimo das exportações. A questão é que não têm interesse em decidir definitivamente uma suspensão destas. Afinal, enquanto a bomba não vem, a arma mais poderosa a que podem recorrer é fomentar a incerteza que alteie os preços do crude no mercado internacional, o que só é prolongável com a manutenção do statu quo.