Os guardas norte-americanos dizem que Saddam recomeçou a comer, um seu sobrevivente advogado assegura que continua em greve da fome. A questão parece-me irrelevante. Não pela velha aversão que nutro contra este expediente reivindicativo, por mim tido como uma chantagem, como todas as outras levada a cabo por fracos, mas com a agravante de o ser por aqueles que não têm mais poder do que sobre a sua faculdade de ingestão. A Causa é outra: se este tipo de luta, normalmente, contém uma pretensão que se quer atendida e o motivo desta foi o assassínio do terceiro defensor do ex-presidente iraquiano, o que exigirá ele? A ressurreição do causídico? Como protesto não é o meio mais indicado.
E eu - que não estou em greve, mas já vou tendo fome - saio para jantar. Bom fim de semana.