Em princípio nada tenho contra a missão do Alto-Comissário Solana, com o objectivo de propor a Teerão a desistência do enriquecimento de urânio, em troca do fornecimento de energia nuclear, do Airbus, que desconheço como aqui veio parar e do acenado levantamento de sanções americanas. Nada tenho, neste caso concreto. Mas temo que, para o Futuro, qualquer país pobre que queira abotoar-se com uns subornos venha a inventar um programa nuclear duvidoso. Claro que muitos não representarão uma ameaça directa, como os Ayatollahs. Mas quase todos o poderão significar, a prazo, com a perspectiva de mudança para regimes hostis ao Ocidente. Abrirá este, de cada vez, os cordões à bolsa?
Podias referir o caso de Israel, que dispõe de um arsenal nuclear de apreciável dimensão, que não é inspeccionado pela AIEA e ainda recebe 3 biliões de dólares / ano do amigo americano.