Podem os Iraquianos não empenhados na fornalha combatente que tem sido o seu País perguntar-se por que carga de água tiveram que levar com o Presidente Bush, logo após se haverem visto livres do Sr. Zarkawi. Os analistas norte-americanos dizem que é tentativa de capitalização eleitoral do texano de adopção, não para si, que disso pode prescindir, mas para os parlamentares que apoiaram a intervenção e lutam por ser reeleitos. Claro que não podemos ignorar essa faceta, na congeminação da visita. Mas parece-me ser muito mais. É uma peripécia acrescida na arte em que o inquilino da Casa Branca é mestre consumado: fazer o americano comum identificar-se com a sua pessoa. Nos debates pré-eleitorais sempre procurou a postura do homem de negócios como tantos outros, em oposição aos políticos profissionais. Aqui quer idêntico resultado, com a movimentação inversa - a do vulgar votante elevando-se à comunhão com a inspecção desencadeada pelo seu escolhido. Na Roma Antiga os triunfos consistiam em desfiles onde eram incluídos os vencidos, acorrentados. Hoje, tempos mais civis, empreende-se viagens de orgulho nacional onde, na véspera, um inimigo importante foi eliminado. Muito sobrinho do Tio Sam deve ter pensado que W era um duplo V... da Vitória.