«O optimismo é uma preguiça do espírito». E. Herriot. + «Uma assombração que se preza não pode ser preguiçosa. Buuuh!». O Fantasma do Misantropo.
A 2 de Junho de 1953 era coroada Isabel II, aqui retratada nas vestes do Evento por Cecil Beaton. Filha de um grande Rei que pouco prometera e Mãe de um Herdeiro Real que tarda em dar esperanças de seguir com felicidade os exemplos dos seus Antepassados mais próximos, a Primeira Soberana Britânica desde Victoria a não juntar o título Imperial das Índias ao Real conseguiu ultrapassar as dificuldades privadas com Irmã e Filhos, avançar perante as ameaças do IRA e da Guerra Fria, contornar a avidez tabloidesca de descobrir hostilidade à popularíssima Diana de Gales, casar por amor, mostrar-se favorável ao salto geracional na sucessão, resistir ao declínio da Igreja Anglicana que chefia, mantendo quotas de popularidade tão altas como as geradas pela simpatia e coragem dos Pais no auge da Segunda Guerra Mundial. Ninguém, à partida, diria que seria Monarca excepcional. Mas o estrito sentido do dever opera redondos desmentidos. E o mais comovente é que ainda há um Povo que o reconhece.