Vi uns dois minutos da actuação da Ministra da Educação, no Parlamento. Dei graças aos Céus por mais não serem. Nem falo na indigência pura de não conseguir articular a leitura de um papel, a partir da tribuna, ou da quase histeria com que se queixou de não conseguir continuar. Quem não tem estômago para a política não aceita cargos ministeriais, apesar de se saber que os ocupantes do hemiciclo são bem capazes de fazer perder a paciência ao mais pintado. Mas se ouvi muitos protestos, não dei por nenhum insulto que justificasse aquele queixume. E, quanto à vaca fria, foi ainda pior. Negou que houvesse erros e que a repetição dos exames de Física e Química eram uma intervenção política, digna, acrescento eu, dos bons velhos tempos das passagens administrativas. Das duas uma: ou reconhece os erros que vários especialistas apontam - e então terá de responsabilizar, ou responsabilizar-se, restando como fulcro do debate o problema de ser ou não a melhor solição mandar repetir -, ou mantém que se não errou e, sob nenhum pretexto, pode proporcionar ocasiões-extra a parte dos alunos, Se os programas são inadequados, mude-os, para o próximo ano. Se as provas pediram respostas que não constavam da matéria dada houve um ERRO, de natureza diferente binómio cálculo/enunciado, muito embora. E voltamos ao mesmo.