Um breve apontamento sobre a situação do Corno de África: elevar a Etiópia a polícia da região fazendo-a intervir na Somália não me surge como ideia antipática, desde que os EUA saibam quem querem lá meter, o que me parece pouquíssimo claro. Sempre tive uma certa simpatia pelos Etíopes, reminiscências talvez do tempo das Descobertas, como da sua presença cristã isolada. Ao ponto de, durante a Guerra Fria, lhes lamentar o alinhamento com a União Soviética, deixando os Somalis para o Ocidente. Mas o desgoverno dos chefes de bando que eles apoiavam no País vizinho não pode agradar aos Yanks, que foram vergonhosamente vencidos por eles. De modo que a questão é paralela à que se levantava para o Iraque: intervir, pois sim, e depois? De levar ao poder os seus futuros inimigos tem Washington uma vasta experiência. Mas a urgência de evitar mais um regime islamista não deve criar o exagero de reconduzir os do Passado, que, pela sua índole, devem ser os de todos os tempos...