O problema de Joe Lieberman, Senador pelo Connecticut, só remotamente é eleitoral. Quando, a três semanas das Primárias, as sondagens o dão, pela primeira vez, atrás do seu desafiador Democrata, a questão está em as bases do seu partido, nos estados da Nova Inglaterra, serem demasiado extremistas no liberalismo que exibem, para suportarem posições tão moderadas de um seu eleito no Senado. Normalmente, ser pro-choice bastava para equilibrar a coisa. Porém, em tempos de contestação a Israel e à "rédea larga" que lhe é dada pela Administração Bush, as posições de apoio de um Judeu Ortodoxo não são bem vistas. Mas, então, perguntai-Vos, isso não é um problema eleitoral? Não é. Mesmo que ele perca a nomeação - o que será preciso ver para crer - pode apresentar-se como Independente. E se o fizer, ganha, porque o candidato Republicano é a fingir. Significaria isso que, vencedor, passaria a formar bloco com a Maioria Republicana? É mistério a que tendo a responder negativamente. As lideranças parlamentares americanas costumam ser pródigas no perdão dos rebeldes, quando eles triunfam.
Mas pode ser que os seus eleitores só tenham querido pregar-lhe um susto.