Vasco Pulido Valente tem hoje, no «PÚBLICO», um artigo interessante, sobre Marcello Caetano, em que até as ferroadas habituais a elementos da vida pública portuguesa passam, por serem da autoria do político abordado. No entanto, mostra-se surpreendido por o Sucessor de Salazar se ter gabado, no exílio, de ter, pouco antes da rendição, concebido um plano para cercar e esmagar a aglomeração do Largo do Carmo, estranhando que o ex-Presidente do Conselho quisesse ver-se associado à repressão sangrenta das massas, o que considera a «ignomínia».
Mas não tem nada de saber, os fracos que transigiram sempre encontraram consolo na força e valentia que poderiam ter exercitado, «se...»
E para acabar com uma manifestação não é preciso, por via de regra, lançar gás-mostarda sobre ela. Basta neutralizar, à vista de todos, meia-dúzia de cabecilhas visíveis. Sem referências a manada dispersa.
Amigos e professores ilustres, como também ele foi, Caro Amigo. O pior foi a política...
Cada um é para o que nasce.
Abraço.