Parece parvoíce bastante, ou cautela exagerada, que um homem com uma vida apenas seja passível de duas condenações à morte. É o que acontece com o segundo julgamento de Saddam Hussein. O primeiro tinha por objecto o morticínio de Shihitas. Este visa o massacre dos Curdos. Do seu ponto de vista, vai fazendo a parte possível, recusando dizer-se culpado ou inocente, por não reconhecer a legitimidade do tribunal. É um caso perdido. Para ter alguma dignidade salvaguardada, deveria ter morrido de armas na mão, como os filhos. O que não impede que ele devesse ser julgado uma só vez por Crimes Contra a Humanidade... no âmbito de uma actividade continuada. É que assim, parece haver uma corrida entre as comunidades mártires, para ver quem obtém condenação maior do verdugo!