Não é segredo para ninguém que
o fruto proibido é o mais apetecido. Mas é bom vermos um
relatório especializado, num País dado aos copos, como o Reino Unido, reconhecer que a abordagem «mediterrânica» que permite aos adolescentes ir tomando contacto com as bebidas alcoólicas em casa pode contribuir para evitar que elas o façam em excesso, fora dela. É evidente que não vendo considerada qualquer excepcionalidade no acto de beberricar, pela regularidade moderada com que o pratiquem às refeições, não existirá incentivo a que, às escondidas, o ingiram em quantidades substanciais, à procura do tempo perdido. Claro que só na tradição puritana o proibicionismo do vinho vingou. E contrariar uns pais puritanos é causa de desculpação para qualquer rebento, em matérias que não infrinjam consensos morais alargados.