Fico possesso de cada vez que leio ou oiço notícias que dizem que "sequestradores executaram reféns", o que voltou a acontecer no caso das miúdas
Amish mortas por um facínora que lhes invadiu a escola. Execução seria termo adequado à consumação da justiça, através do cumprimento de uma sentença. Para trabalho de bandidos só "assassínio" calharia.
Este caso é estranhíssimo. Todos os de desequilibrados que matam crianças o serão, mas os motivos aduzidos não coincidem. A mulher do criminoso diz que ele teria confessado
saudades dos tempos em que molestava parentes. Mas as meninas não eram da família dele. Terá
dito por telemóvel que se ia vingar de algo que lhe teriam feito na infância. Mas certamente que não foram as vítimas a fazê-lo. E a indiferenciação na selecção das infelizes parece contrariar a ideia de que tenha sido facto imputável à família de alguma delas.
Tudo isto me faz desconfiar do que ninguém ousa afirmar: que o acto hostil tinha como alvo a seita religiosa. Coisa estranha, pois não são dados a violências. Mas pode sempre ter havido um caso isolado, ou a imaginação doentia do autor da proeza pode tê-lo concebido como tal.