Só para rir, o detestável Fabius mascarando-se de Francisco Louçã, dizendo que a grande solução para a frança é pôr os ricos e, sobretudo, as empresas, a pagar a crise. DSK a apontar como remédio miraculoso a privatização de tudo o que ainda não esteja, pensões incluídas, teme-se. Perante isto, Ségolène só tinha de deixar-se ir. Mesmo assim parece que não foi entusiasmante. A defesa de ideias simpáticas como a ligação ecológica e a penalização das empresas que se queiram deslocalizar foi tão tépida que não terá entusiasmado os militantes socialistas, os que, para já, precisa de ganhar. Mas enquanto os rivais se enterrem... As primárias oferecem algumas vantagens no que tange a driblar a prepotência das direcções partidárias, mas estagnam a sinceridade, porque ninguém quer alienar o apoio de uma massa crítica mais ideologizada do que o grosso da população.
Resta saber se não estará a queimar a imagem para a final. É que a Sarkozy não falta energia.