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Aniversário da
Marcha sobre Roma, ou de como uma coligação de forças hegemonizadas pela que dispunha de melhor milícia colheu o fruto do Poder que lhe caiu de maduro na cesta, com um acto que não foi golpe de estado, senão a mais eficaz das manifestações. Ao Fascismo deve-se ter atalhado a completa anarquia, com alguns fogachos de violência que a Itália vivia, bem como a restauração do orgulho nacional de um País que se sentia burlado nos sacrifícios que fizera pelos outros e verdadeiros vencedores da Grande Guerra. Os
Quadrúnviros que na imagem ladeiam o
Duce, Bianchi, De Bono, De Vecchi e Balbo representavam os interesses dos sindicalistas e da Imprensa descendente da Esquerda intervencionista, um, os militares, outro, as ligações à Corte, o terceiro e os veteranos de guerra desmobilizados e contactos garibaldinos, o último. O erro principal veio a ser reunirem-se num partido - que por vir a tornar-se único não deixava de o ser - e imporem-no ao Rei, em vez de personificarem essas representações em colaboração com governantes escolhidos pela Coroa. Ou seja, antes da lamentável aliança alemã,
o grande pecado de Mussolini foi determinar uma marcha sobre Roma, em vez de colaborar com Roma sobre a marcha.
Não, Querida MFBA, essa só ocorreu uns catorze anos depois. Até aí, bem pelo contrário, era bem adverso a eles.