!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd"> Calma Penada: Prémios Nobel

Calma Penada


«O optimismo é uma preguiça do espírito». E. Herriot. + «Uma assombração que se preza não pode ser preguiçosa. Buuuh!». O Fantasma do Misantropo.


quinta-feira, outubro 12, 2006

Prémios Nobel

Um, bem verdadeiro, o da Literatura, foi atribuído a um escritor turco, na precisa semana em que, numa roda de Amigos, nos tínhamos mostrado incapazes de nomear algum vulto das Letras daquele País. Jamais tendo lido uma linha da obra do Laureado, não me pronunciarei sobre ela, que poderá ser muito merecedora. Já não farei outro tanto acerca da justificação da escolha. Ao eleger um literato proveniente da parte europeia da Turquia, pequena em extensão, embora não em nome ou proeminência, sublinhando a influência da busca da «melancólica alma da sua cidade natal, com a descoberta do encontro e entrelaçamento de culturas», em vez de realçar a sua heterodoxia relativa a Arménios e Curdos, a Academia Sueca está a mandar uma mensagem favorável à entrada de Ancara na UE, com o rabo de fora. Há muita maneira de justificar um galardão e a escolha das palavras é a melhor que o Governo poderia pretender, sendo aquele o premiado. Na Assembleia Nacional Francesa, entretanto, foi votada a já célebre criminalização do acto de negar o genocídio arménio. Já disse que, a meu ver, a medida não tem pés nem cabeça, por não gostar de proibição de opiniões. A U.E. reagiu com grande frieza, o que dá força à minha suposição de que visa obstar à adesão da Nação predominantemente asiática. Se os turcos retaliarem com sanções comerciais que afectem as trocas com um Estado-Membro, poderá estar definitivamente comprometido o alargamento. Um alívio, mas não a solução ideal, que seria antes a da parceria privilegiada da Sr.ª Merkel, por diminuir a hostilização. Mas se nem para tal servir, sugiro a criação para esta medida do Prémio Nobel da Asneira.

sustos8 Sustos:

Contra o meu costume,a esta hora, não resisti a vir dar uma espreitadela a esta sua casa.
Está com curiosidade para ler alguma coisa deste senhor? Não sei porquê mas a mim não me apetece nada.
Beijinho e Boa noite
Querida MFBA:
o único aspecto que me chamou a atenção foi a melancolia, que, apesar do sorriso, é estado "muito cá de casa".
No resto, receio que seja a política da Academia Sueca dominante nos últimos anos, premiar literaturas não-contempladas em vez de individualidades pela sua exclusiva valia.
O que me deixa algo melancólico, pelo que não estranhe o tom do beijinho que Lhe deixo.
PS: Qualquer hora é boa para recebê-La, em qualquer das minhas pobres moradas.
A politização daqueles áreas dos Prémios Nobel em que tal é possível, descredibilizam o galardão.
Conhecem-se as razões por que JLBorges nunca o recebeu.

Cumprimentos
Meu Caro Mário CNM:
Borges, Jünger, Cioran, Céline...
A lista é imensa. Mas noutros tempos costumava dirigir-se a Homens ou Mulheres, não a conjuntos abstractos. Por isso se prestigiou e hoje já nem prestigia.
Abraço.
Já percebi que não deglute de modo nenhum os Otomanos... Mas compartilho a baixa opinião que tem sobre esses vesgos "cold fishes" que rateiam os Nobel promovendo o Saramago e preterindo Borges.
Note todavia que Pamuk é um grande escritor (e só o conheço de dois livros).
Meu Caro Je Maintiendrai:
Soube hoje, ao ouvir um debate radiofónico, que há dois traduzidos em português. Não posso pronunciar-me sobre o mérito literário, mas sim sobre a justificação, que é uma manta de retalhos de agrados politicamente correctos.
Não quero a Turquia na UE, só isso. No resto que tenham muitos meninos. E, jemaintiendaístico fanático que sou, não consigo perdoar-lhes que tenham permitido atentados tão próximos da Sua estada lá...
Abraço.
Ora aqui está um argumento sólido. Um destes dias tenho que vir a terreiro com impressões de alguma temperança... Ainda que comungue do princípio do barramento.
Sería una medida acertada que los municipios lusos dedicaran "ruas" a la gran Victoria de Lepanto.....¿Existe alguna Rua de Lepanto en suelo luso?

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