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O que há de irónico no destino do porta-aviões francês
Clemenceau é uma arma temível, concebida para matar os alvos que a sua tripulação determinasse, ter-se virado contra os próprios que a pretendiam utilizar, ameaçãndo a saúde e a vida de todos quantos nele navegavam, em virtude dos altíssimos teores de amianto empregues na sua construção. Começou agora o respectivo desmantelamento, fim bem mais inglório que qualquer honroso afundamento em combate. Mas este pobre termo não nos levará inteirinhos a reflectir na imensidão de edifícios construídos irresponsavelmente com os mesmos cancerígenos materiais, que, protegendo muito embora do fogo, acabaram por queimar os organismos de utilizadores que não estariam preparados para o risco imediato de morrer?
É um horror, verdadeiras armadilhas no local que deveria proteger.
Beijinho, Marta.