«O optimismo é uma preguiça do espírito». E. Herriot.
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«Uma assombração que se preza não pode ser preguiçosa. Buuuh!». O Fantasma do Misantropo.
segunda-feira, dezembro 25, 2006
Pôr e Tirar
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A 25 de Dezembro de 1541 era aberto à vista do público o extraordinário fresco da Capela Sistina «O Julgamento Final». Sabe-se como a nudez ostensiva de alguns personagens veio, mais tarde, a despertar celeuma, sendo ordenada a sua parcial cobertura, que um Miguel Ângelo octogenário quis empreender por própra mão, sem o conseguir, no entanto.
Menos conhecida é a historieta, contada por Vasari, de como o Artista pintou um seu inimigo, o dignitário pontifício Biagio de Cesena entre os condenados ao Inferno. Tendo-se este queixado ao Papa, obteve a jocosa resposta: «Se estivésseis entre os que figuram no Céu, teríamos uma palavra a dizer. Mas do Inferno só a Misericórdia Divina vos pode salvar...».
Duas histórias exemplares que demonstram como, por vezes, embora excepcionalmente, fazer é mais fácil do que desfazer. Sem tirar nem pôr.
Querido Paulo
Não conhecia a segunda história, que é deliciosa.
Sem tirar nem pôr é muito difícil desfazer.
Beijinho
Coitado do dignitário!
Sobre a dificuldade de desfazer ela não é tão rara assim. Pense em florestas de cimento...
Cumpts.
Excelente! Se dúvida o melhor e o mais belo post natalício da blogosfera nacional.
Meu caro Paulo:
Aqui vim. Mais vale tarde que nunca. Disso me penitencio, porque o pecado, só meu, foi grande. Mas como estamos no Natal, a penitência será mais amena, estou certo.
Curiosa história, de curiosa resposta.
Sabe bem estar também aqui.
Aquele abraço
Querida marta: Ainda bem que gostou. Uma dificuldade dos Diabos, seria caso para dizer!
Meu Caro Bic Laranja:
Realmente, a simpatia pelos dois Personagens conluiados e pela resposta espirituosa faz-nos esquecer o sofrimento do dito. E caso seria de rir, se não fosse de chorar, o último que refere.
Meu Caro Alexandre Dias Pinto:
Muita bondade da parte de um Primeiro comentário que me enche de contentamento. Adoro a imagem identificadora e prometo retribuir a visita.
Meu Caro Zé Maria: É grande contentamento vê-Lo também na sucursal, para além do velho conhecimeno da casa-mãe. Penitência nenhuma, senão a alegria transbordante de O receber.
Beijinhos e abraços.